Com a palavra: Fiódor

Quis desvendar o nosso tenebroso mundo interno, tanto quanto o externo
Questionei a própria moral humana
Assim como evidenciei as sequelas sociais da miséria.

A doença de Raskolnikov se espalhou pelo mundo
Não os seus delírios, mas a sua ambição.
Assim uns puxam o tapete,
Outros colocam o pé,
Ainda há os que usam a palavra.
E assim, caem os homens uns após os outros.

Mas existe crime sem castigo???

Mesmo que suas mazelas estejam tão bem ocultadas
Sua moral de traíra!
Está vinculada a sociedade que te cerca.
Sendo humanos, miseravelmente humanos,
Corremos sempre em direção ao castigo que merecemos.

"Não há assunto tão velho que não possa ser dito algo novo sobre ele".
Num Estado que se cala diante de atrocidades cruéis...
Estamos no avesso da evolução.


Me pergunto: por que a crueldade do homem persiste como das feras

Foram 80 tiros de um Estado Genocida
E eis que é inevitável a canção:
"A carne mais baratas do mercado é a carne negra"...
E tuas sábias palavras , Dostoiévski, incisivamente continuas a nos dizer:

"Todos somos responsáveis de tudo, perante todos"
Nosso crime, nosso castigo.

Kerley Nancy

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