O sonho que sonhei


Houve um tempo que sonhei sonhos grandes e idealizados
Sonhos de amor eterno, quando as esperanças eram pura inocência, valia a pena acreditar e viver.

É... As crenças e humanidade manipularam a ideia de amor e nos fez crer que naturalmente ele nunca morreria.
Eu sonhei com esse amor pueril de conto de fadas. Ridículo.

Eu era jovem e tão destemida, corajosa por natureza
Me lancei, mergulhei num rio desconhecido
Meus sonhos foram usados e desperdiçados,
Nada mais pude fazer...
Nenhuma canção, nenhum vinho incauto, nenhum preço a ser pago.
Aquilo que custa teu amor próprio é caro demais.

Os monstros da desilusão sempre vem na escuridão, esgueirando-se, mas com gritos de trovão.
Garras que despedaçaram a esperança
Disforme o sonho se transmuta em pesadelo.

Ainda tentei me agarrar ao fio tênue de que o sonho do amor sobreviveria as tempestades que não podemos prever.
Mas há sonhos que simplesmente não podem se realizar.

Eu sonhei que minha vida seria muito diferente desse cotidiano infernal, desse arrastar-se quase vegetativo.
Tudo se tornou tão diferente do que desejei.
Sim... Você... eu... matamos o sonho que sonhei.
Nada restou...nas ruínas nada ficou em pé.

Kerley Nancy

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