Numa noite de agosto muito fria, próximo da meia noite, lembrou daquele conto de Carmen, intitulado "uma noite com um estranho na cama".
Sentiu-se excitado ao imaginar que era o homem daquele conto, o garoto de programa de olhos verdes, a beijá-la, sorvendo-lhe o néctar da felicidade.
Divagou sobre cada detalhe do quarto da mulher, e a rosa que ele não deixaria junto ao travesseiro, mas espalharia uma dúzia delas na cama, para deitar-se com ela e aromatizar seu perfume inebriante.
Que delírio gostoso! Quem dera fosse uma alucinação para fazer sentir ainda mais o irreal imaginado.
O homem via em sua mente cenas abrasadoras. Rasgou a camisola da mulher e sua calcinha. Virou-a de costas para ele, com as mãos na parede. Tocou sua parte íntima, bezuntada de fluído viscoso, como uma saborosa gelatina incolor, deixando-a perdida e louca de desejo.
Conduz em seu colo a mulher até a cama repleta de pétalas de rosas, a beija e sente o sabor adocicado de sua boca. Lambe seus lábios! Está preocupado em deixa-lá realizada. Passeia a boca por todo aquele corpo cheiroso, lindo e pousa a cabeça entre as pernas dela. A mulher irra de prazer.
O leitor de Carmen, embriagado de fogo selvagem, a acaricia com seu instrumento de prazer e sente-se acalentado. Beija o pescoço, costas e desce. A mulher, totalmente entregue e lânguida, entrega-de a ele. Dá vazão aos instintos.
Investe ao encontro dele, segurando-o forte e contorcendo-se, molha a cama, como uma chuva que escorre e de si, tamanha era a sensação prazerosa! O homem, não se contém e se derrama também.
Após uma breve pausa recomeçam os beijos acalorados. A mulher retribui tudo que recebeu. Beija-o docemente. Espalha chantilly no corpo dele e o come vorazmente. Lambe os recônditos daquele corpo gostoso de homem, acaricia seu rosto, seu cabelo. Olha dentro dos olhos, atravessando-lhe a alma de forma enigmática, nada diz. Monta-o selvagem e controla seus movimentos circulares. Beija-lhe a boca! O homem lhe diz que ela é incansável, enfim, abraçam-se molhados e agraciados de gozo.De repente, ouve o celular tocar. Uma hora da madrugada, o homem no coletivo procura pela mulher no ônibus, ainda confuso, acorda de seu sonho de amor e volúpia! Desce no próximo ponto. Chega ao destino, solitário. Abre a porta do quarto, adentra à solidão!
Carmen Dell Roza
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