Pressuposto sobre o meu corpo

Arte de Tomas Dratnal
Pulmões apodrecidos
apáticos
olhos que não enxergam o futuro
cigarros e destilados
a longa espera
pela vida
o coração que já não bate
consciência que abate.

Decotes provocantes pagões
desejos ardentes
ostentações
oração! Que se abram os botões.

Fluxo sanguineo contaminado
nervos a flor da pele
Cida pode matar
ou a C.I.D.A pode apenas perdurar?

Sorrisos amarelos forçados
olhares noturnos secretos
placas de concreto
em carne viva
flagelo íntimo
discreto.

Anistia divorciada assistida
sonhos perdidos
um rosto conforto
coquetel complexo
vida e morte
todos os dias
o veneno que não: 
sorte!

João Arruda & Fê Effen

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