Desconheço
meu genitor
No
meu peito, há apenas dor
Pode
ser doença, pode ser saudade.
Meus
amigos, um porto seguro
Continuam
desempregados
Meus
olhos, ainda, guardam segredos.
Não
vejo quintais sem muros.
Bebo
um vinho gelado
Meus
cabelos alfinetados
Meus
entes queridos alienados
Meus
certificados, engavetados.
Essa
mancha profana que mata
E
aos poucos cresce e aparece
A
diferenças estão nas preces
Que
a solidão arrasta.
As
ruas são tão pequenas
Descubro
palavras difíceis
Tenho
poucos bens materiais
Meu
mundo cercado de antenas.
João Arruda
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