Iluminado pela tela preta e branca.
Vigiando nesta guarita fria
Sinto o sopro do vento no ouvido,
Semelhante ao frescor de seu beijo inocente,
Lembro-me dos seus olhos, fascinada.
Do seu sorriso reagindo, as minhas palavras.
No reflexo dos teus olhos, vejo-me.
Deslizo minhas mãos secas nos teus cabelos negros como a noite.
Em súbitos cochilos, levito em deriva.
No espaço sideral, sou astronauta,
dono do seu único sorriso,
minha eterna Mona Lisa.
Ely Pires
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