Queria te pegar pela mão

Queria te pegar pela mão
E passear
Respirar o ar das flores e das folhas
E ouvir águas caminhando
Queria te ouvir atentamente
Pela melodia da tua voz
E nas pedras onde o rio faz a curva
Queria me deitar no teu colo

Francamente eu não sei porque
Me sinto assim
E nem acho que interessa
Se pudesse te pedir algo tão descabido
Seria para não me deixar perder
A fé em tudo

O que eu queria era preencher este vazio
Com algo como você
Que é bela e preciosa
Mais que a lua e as estrelas
Que nunca é a mesma
Embora cósmica, embora sideral

Que arde com a própria vida
A cada passo dado adiante
E deixa um rastro luminoso
Que alguns decidiram chamar história.

Historia
Ninho onde dormitam todas as coisas
E a memória
É o pássaro frágil que ali dormita
Tecendo fios com paciência infinita

História
Tapeçaria incerta que o tempo vai tecendo
Cantei alto
Mas mesmo cantando não ocorreu
Do seu fio unir-se ao meu.

O que eu queria é como uma bolha
Que o vento
Carrega em paz
Não importa o quanto é raro ou importante
Quando se é frágil demais.

Claudinei Soares

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