Ascende

Ascende
Descende
Fazendo dias novos o sol
Passeia no zodíaco 
E ilumina o arrebol
Silêncios 
E pausas
Na sinfonia augusta do ser
As tuas palavras 
Me fazem
Parar para ver

Como poderia saber?
Como ia adivinhar?
Desenho igual criança 
Arabescos no nada
Sou uma borboleta
Pela brisa levada
Que pousa no seu ombro
Sem medo de ser enxotada

Se abrem
Se fecham
Os olhos 
Num rápido piscar
Riso desabrocha 
Ilumina todo o lugar
Teus dedos
Meus medos
Eu quero tanto ser todo teu
Eu me incendeio 
Pois sei que aconteceu

Ia desistir
De existir e de viver
Tua luz me chama
Mais clara que a lua
A vida diz meu nome
Com a voz que é tua
Corro e te abraço 
Sob a chuva 
Num canto da rua

O conto de te amar
Não termina
Só continua...

Claudinei Soares

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