São Paulo, 22 de janeiro de 2016.
Prezado Senhor Coração, boa tarde!
Precisamos conversar...
Sei que há tempos venho testando sua resiliência e capacidade de superação e preciso-lhe dizer: parabéns!
Parabéns por estar batendo, parabéns por estar mais forte do que nunca e por mais sentimentos que você seja, sempre deu ouvidos ao nosso amigo cérebro para resolver as emboscadas em que te coloquei.
Sinto que a cada nova experiência, sua dilatação é notável e abraça de forma carinhosa cada uma delas.
Queria desculpar-me pelas inúmeras vezes que minha imprudência te machucou, como quando lhe entreguei de mãos beijadas a pessoas que não eram dignas de recebê-lo. Eu erro muito, você bem sabe, e só acerto quando dou voz ao que me diz.
Desculpas também por sufocar lhe com meus medos, por não deixar pulsar o sangue pelo resto do corpo. Minha covardia sempre nos atrapalhou!
E por fim, peço desculpas por ter te esmigalhado em mil pedaços e não conseguir consertar. Você teve que se regenerar sozinho, como fênix, entre trancos e barrancos, buscando oxigênio na poesia e literatura, agarrando-se a esperanças infundadas e lembranças empoeiradas; e agora te vejo, todo remendado me implorando pra poupá-lo. Meu amigo, me desculpe, mas não prometo o que não cumpro! Estaremos juntos em muitas outras, e sua fortaleza e bondade, ainda serão a melhor parte de mim!
Cuide-se, cuide-me e avante.
Grata por tudo!
Cordialmente,
Vick Vital

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