Embarque e desembarque.

Senhores passageiros, boa noite. Este trem inicia sua operação com destino à... Pra onde quer ir?”


São Paulo. Consolação, Sé, Republica, Tietê, Tucuruvi, Vergueiro ou Pinheiros, tantos faz. 

{3,7 milhões de usuários por dia – isso cresce de mil em mil com o passar das horas – nos metrôs de São Paulo.}
Eu estou parada contemplando tantas formas, tantas tonalidades.
Tantas...

Basta o mínimo de sensibilidade para ser invadido com a pungente energia dos corações ansiosos – e talvez angustiados – a aguardar.
Olhos atentos, semblantes enervados, músculos tensionados, mãos transpirando, náuseas ansiosas, corações vertiginosos e expectativas;

[ Ah! As E X P E C T A T I V A S...]
Essas mesmas que embevecem todo o ar. ➻

Já perceberam o tanto de encontros que se dão nas estações de metrô?
Essas linhas que se cruzam estritamente abandonam a alegoria e se entrelaçam em novos nós.
Nós esses que se sublimados se dão em airosos laços afetivos e emocionais.
Entre inícios e términos de trechos e trajetos, embarques e desembarques, de minuto em um minuto um novo baque.
Viagens que se iniciam em vagões diversos, complexos, apinhados... De gente, de medos, de traumas, de sonhos.
Vagões que independentemente de onde, do que e como passaram, retomam seus destinos [ ou mudam ] e seguem novas viagens.

Se permitem mais uma vez...

E se por ventura perdemos o que planejávamos...

Acalma.
     Aquieta.
          Sossega.
               Remansa;

O próximo logo vem (...)

E a parada, o destino... é VOCÊ quem diz.

Vick Vital

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