Acabou de vez, restou as migalhas e trapos pelo chão Garrafas de vinho vazias, tudo revirado Não há ressaca... Não houve festa para Baco
Despedida definitiva Ficha que te demorou a cair Incompatíveis, sentimento insipiente Insípido, desbotado, vagas lembranças De um tempo distante quando um dia foi bom
Insurgente no peito está a sangria da palavra As omissões e mentiras... As dedicações não vistas, nem valorizadas Mala arrumada, de nós só resta pedaços espalhados em todo lugar
Mil deles trancados no meu quarto, Onde me contorço em dor, em chamas Deixo-me queimar, cada pedacinho miserável de mim Que não foi digna de um amor fino Nem nunca será...
Perco o controle motor, perderei o controle mental? Drogas para entorpecer, como freio em boca de cavalos... Cala-te Bebo meu cálice de fel e forço-me dormir.
Resoluta, logo serei tábula rasa Rousseau, ouso dizer: você errou!!! Por que hoje eu sou e necessito ser tábula rasa Folha em branco, horror de escritores Não tenho nada a escrever... Sons guturais não se escreve no papel.
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