Eu sempre fui megalomaníaca nos afetos. Eu queria tudo grande, tudo mega, com luz, brilho, trilha sonora, muita lágrima e muito vigor.
Hoje me pego catando moedinhas, observando o amor em suas miudezas.
Os detalhes, a constância, a persistência. Eu admiro gente que luta sabe? Que vai além das borboletas no estômago. Que transpassa as dificuldades e permanece junto. Eu sou louca por quem fica. Por quem sabe o valor de um “eu to aqui”. Porque cara, estar aqui no mundo de hoje, onde as relações são mais solúveis que meu cappuccino de sachê, é tesouro.
Eu gosto de gente que ama na máxima e no mínimo. Gente que expande e sustenta. Gente que impressiona, mas cultiva. Eu gosto de quem sai do prefácio sedutor e encara as 873 páginas seguintes, de parágrafos e letras miúdas. Eu prezo por quem me escolhe. Eu gosto de mim, que sou exatamente assim! Eu me orgulho do jeito que sei amar, e me excito com tudo aquilo que eu ainda vou me tornar.
Vick Vital

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