Arte de Gealt |
E vim até onde me foi permitido ir.
Onde sonhos longos por caminhos tortuosos me levaram,
Onde desejos tão sinceros quanto uma prece por mim oraram.
Não durou sequer a primeira volta da ampulheta.
Meu tempo já passou
E vi o que talvez me coubesse ver.
Mas mesmo a mosca vê mais do que supus ter visto até,
Mesmo o rato no escuro enxerga além do que eu no claro.
E enquanto o dia deles amanhece, meu horizonte ainda espera o pôr-do-sol.
Meu tempo já passou
E não venci a guerra das batalhas das quais perdi.
Não venci? E não sorvo o ar que por demasiado desperdiçam?
E meu sangue não corre tal correu seu sangue para tornar meu sangue?
E não olho nos olhos, não ouço sua boca, não gosto sua saliva?
Meu tempo já passou.
Haverá continuidade...
Adams Damas
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