Quando a consciência é um inseto

Quando a consciência é um inseto
Que bate no vidro
E não vale mais resolver, mas findar o problema
Liga o parabrisas moral
E varre a mazela
E a culpa é do ouro é do outro
Do clima, da fé, do sistema

O mal é o parceiro ideal
Para todos os crimes
E Deus a desculpa central
Da inatividade
Na fresta do entretenimento
O caráter desliza
E ao fim para ter sentimento
É preciso força de vontade

Alegria alegria
A hipocrisia
Cavando a vala comum
Vedete
Vai pintando o sete
Em pleno vinte e um

Não tem mais como disfarçar
Nosso sono intranqüilo
Ninguém sabe se o amar
É verbo intransitivo
A sorte é apenas estimulo
Nem tão positivo
O isso que nós procuramos
No fim já nem é tudo aquilo

Cansaço de ter e haver
Debilita a pessoa
Na boa o bem nem parece
Com a propaganda
E em pingos a sede aumenta
Na boca do mundo
Correndo para entrar no trânsito
E ele não anda e não anda

Positividade
A impiedade
Vendendo como progredir
Disfarça a desgraça
Na praça
Ensinando à sorrir.

Claudinei Soares

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