Engasgada com maldades
Degusto tanta ferida que
minha garganta quer gritar
Minhas mãos querem escrever
A cabeça não encontra
Palavras suficientemente irônicas
Para o ódio esconder
Escancara essa raiva
Diz um coração que
de tão apertado
Deseja parar de bater
A alma quer rasgar o corpo
E mostrar quanto horror
Pretende cometer
O endométrio expele a podridão
dos acúmulos de hostilidade que
de tão engolidos
Viraram hormônios
E me fazem arder de vontade
De te afogar na minha perturbação...
Porta-vozes dos demônios!
Fê Effen
11/09/2017
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