Bosques de concreto

Bosques de concreto
Engesso meus sonhos
para o seu bem

Progresso

Enterro corpo e alma

Nas buzinas

na fumaça

No mendigo

Na prostituta

Me transformo

Bosques de concreto

Coração de pedra
Em corpo de chumbo
Um sorriso mecânico
Gestos voluntários

Bosques de concreto

Na velocidade da luz
A luz se apaga
E a cruz pesa

Encolhida na calçada
Uma criança dorme
Bosques de concreto
Não há pessoa
que não devore

Francisco Heraldo 

23/01/2017

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