No fim nem sempre surge

No fim nem sempre surge
A resposta
Às vezes não há nada
Não há lição
Um campo, uma estrada
Uma encosta
sem nome, sem história
Sem distinção

A terra é apenas terra
O vento é vento
Sussurra num lamento
A brisa vã
O ato, a guerra a paz
O pensamento
Sombras no véu do hoje
Ou do amanhã

Linhas, apenas linhas
Toponimias
Cinzeis que mãos exímias
Desconhecem
Poema em pedra e Rocha
Mar e areia
Que se erguem, que dominam
Que esmorecem

Moral? Moral nenhuma
Nem sentido
Nem ordem nem pedido
Nenhuma lei
Eterno e relembrado
Esquecido
Mendigo humilhado
Será rei.


Claudinei Soares

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