Clareia e vai amanhecendo aos poucos

Clareia e vai amanhecendo aos poucos
A luz apalpa leve a sombra
Em seu amor proteu
Remove de olhos acanhados
Esta noturna alfombra
Avarenta confere a aurora
Tudo o que é seu

A noite guarda as fábulas e os loucos
A luz de ordem, sanidade
A luz com seu pudor
Veste ternos em lobisomens
E anjos tem que parar
Petrificando suas asas
Num incompleto amor.

Amanhecendo
Como um barco vazio
Suas vigas gemendo
Um mundo arde mudo
É despetalado
Em cinzas apagado
E nada resta ao fim

E meu desejo
Contempla o ardor do cosmo
Em seu furioso beijo
Quero beijá- la ardente
Até ser transformado
Eu sempre em ti guardado
Você para sempre em mim.


Claudinei Soares

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