Passarei a caneta

Passarei a caneta
Por seu corpo branco
Meticulosamente sobre minha mesa
Responderás
Trêmula de desejo
Arquearás
A cada toque
Ouvirás
Minha respiração
Meu coração acelerado
E se abrirás
Num louco devaneio
Percorrerei  com as mãos
Teus cantos
Mais íntimos
Seremos um
E quando sentires
A tinta deslizar em teu corpo
Saberás
Que nosso poema
Enfim está escrito.

Francisco Heraldo 

02/10/2017

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