No olhar para si,

No olhar para si, 
há que se considerar o medo. 
Como reagir com o que vê? 
É puro, neutro ou perverso? 
Lidar com o mundo exige muito do ser, 
Julgar, por certo ou errado é parte do dia. 
Cai na rotina,se testa. 
Olha ao redor. 
Distante de si. 
Sem poesia. 
Vai mais um, traga mais um. 
Respira, seco e denso. 
Medita sobre, absorve, se inunda. 
Hora alegria, na outra mais medo. 
Cai no ócio, se ilude, joga no ralo seu tempo. 
Esvai em vão 
Sem poesia. 
Jogada aos famintos, 
Sente-se menor, vazia. 
Finalmente, no fundo raso e escuro da alma, 
Limpa e leve, lentamente se compreende 
Joga pro mundo novas sementes dos sonhos que tem 
Na ponta dos pés sobe pelo estreito caminho 
De olhos fechados, 
A respiração sendo guia Abre as asas, não voa. 
É só poesia.
Bruna Berardi

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