parados estão, todos os dias.
Não vejo a felicidade por aqui,
há muito não vem nos visitar.
Deve ter se cansado, de tantas vezes, que chegou, e ao chegar, apenas viu a porta se fechar.
Ela estava andando desolada,
dando sorte ao azar.
Ela estava encantada,
viu o encanto se acabar.
Os sorrisos nos cantos,
Nos cantos da boca a sorrir.
Aquele sorriso sádico,
que meus olhos não viram em uma cela do doops.
No canto de minha boca não há sorrisos, mas minha face não esboçou tristeza.
Ódio; meu coração não cansar-se-ia, mesmo que todos os outros fizessem-se tua morada.
Medo; não flerto contigo, respeito-o, como a um bom amigo.
Não ando de mãos dadas,
Mas o aceito quando vem.
Os dias correm, e o hoje não está tão distante do ontem, pois no meio desse tempo, nós, os senhores no tempo, não evoluímos com o mesmo.
Os dias correm, o sangue escorre.
Antes, no tronco, adiante, na cela,
onde estamos, favela.
Os ternos, eternos, promovem ações, distorcem reações, e faz quem, outrora estava no tronco, derramar sangue, na cela, e apoiar o genocídio em favela.
Podem 30 mil serem mortos,
O sol vai brilhar.
Podem outra vez os torturarem.
O sol vai brilhar!
Todo sangue, toda dor.
Desse solo que és tão abençoado,
Que o fizeram a morada do pecado.
Lucifer, deliberadamente no inferno, coça sua cabeça, com semblante de quem está confuso, já que quem está fazendo o papel de seus filhos, se dizem cristãos.
Jesus, manso e humilde de coração, sentado a direita do pai, sabe que a história se repete, e faz o seu papel.
"Pai, perdoa, eles não sabem o que faz"
0 Comentários