O que eu sou?

O que eu sou?
já não faz parte das minhas
duvidas primordiais.
Pra onde vou?
pra que ir.
Tanto faz.
o sêmen está onde não deveria.
Mas ninguém pode ver.
Os olhos cegos
e as bocas mudas.
Unem-se pra constranger ainda mais,
almas imundas.

As florestas caem,
e pra que eu ir?
Outra especie em extinção.
Outro estupro.
Outro corpo caído ao chão.
O petróleo, as vísceras.
O moralismo imoral.
Sim, existe o mal.
Mas, e o bem, deixou de existir?
Não, só não é lucrativo,
sim, os olhos, ainda brilham,
os corações, ainda pulsam.
As cabeças, ainda pensam.
A fauna e flora ainda resistem,
o amor, a gentileza, a paz, ainda resistem.
Não negligenciem o bem,
por serem contaminados, pelo ódio.

Por serem contaminados, pelo ódio.
Não negligenciem o bem,
o amor, a gentileza, a paz, ainda resistem.
A fauna e flora ainda resistem,
as cabeças, ainda pensam.
Os corações, ainda pulsam.
Sim, os olhos, ainda brilham,
não, só não é lucrativo,
mas, e o bem, deixou de existir?

Sim, existe o mal.
O moralismo imoral.
O petróleo, as vísceras.
Outro corpo caído ao chão.
Outro estupro.
Outra especie em extinção.
E pra que eu ir?
As florestas caem,
almas imundas.

Unem-se pra constranger ainda mais,
e as bocas mudas.
Os olhos cegos,
mas, ninguém pode ver.
O sêmen está onde não deveria.
Tanto faz.
Pra que ir?
Pra onde vou?
já não faz parte das minhas duvidas primordiais.
O que eu sou?

Marcelo Souza

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