Pedimos e pedimos

Pedimos e pedimos, incessantes e cheios de fé:
“Oh meu bom deus, quero tanto, eu mereço, eu estou pronta, sempre  quis...”
E aí vem! 
E você alcança.
Que bonito final feliz, não?
Não! Não necessariamente...
Não, porque você não sabe administrar sua “graça alcançada”, e aí meu bem, haja santo Expedito e terapia pra ajudar.
Encontrar o amor - aquele verdadeiro, o do filme, pézinho levantado, sinos e a porra toda, sabe? - pode ser o início do seu caos.
E tudo bem! Eu vivo escrevendo que to disposta a ele mesmo. Não posso desmentir agora!
Tantas paixões vieram vestidas de amor.
Pobrezinhas!
Tantas vezes usei o “euteamopontocom” de forma vã.
Herege do amor. Assumo! Culpada.
Mas aí ele chega. Daquele jeito que eu sempre sonhei. Que eu desenhei. Que eu esperei. Que eu quase desacreditei.
E o que acontece?
Ele me põe de ponta cabeça. 
Do avesso.
A senhora sabe-tudo já não sabe mais nada.
Só sabe o que quer. Quem quer. Quando quer.
Mas as formas, os modos, os métodos? Danou-se. Todos por água abaixo. Afinal, todos os arquivos eram dos sacrilégios pseudos-amorosos que vivi.
Agora que é de verdade, eu to pirando.
Agora que é de verdade, eu to sapateando.
Agora que é de verdade, eu to apanhando.
De mim! 
Porque encontrar o verdadeiro amor é a chave pra se encontrar. Eu descobri isso a duras penas. 
Pois só se sai do personagem quando se ama. 
Só se acorda de cara limpa quando se ama.
Só se despe das armaduras quando se ama.
Só se questiona e se olha, quando se ama.
Sim! 
São quase 30 anos e eu nunca amei...
Até aqui! 
Logo eu, a romântica incurável que transitou lindamente no casual, prostrada diante do amor.
Sem saber por onde começar a se arrumar!
Sem saber se vai pirar.
Sem saber onde vai parar!
Ora pois...
Sem saber se vai aprender a fazer certo.
Sem saber se é capaz.
Mas eu te adianto de uma coisa:
Eu vou tentar! Ah mas eu vou.
Porque apesar dos pesares, dos medos, das inseguranças, da zona de conforto que já foi pro beleléu, do ciúmes que consome, das neuras infundadas, das crises pateticamente frágeis, apesar... Amar é foda! E eu nem sabia disso.
Amar é o risco mais valioso que podemos enfrentar. E quando se sabe aonde e em quem se quer chegar, aí vale a pena remar. Vale a pena rasgar. Vale a pena repensar. Vale a pena se reencontrar. Vale a pena ficar...
Ficar;
Casar; 
Me doar; 
Te entregar 
O que sou e o que ainda vou descobrir ser.
Mas não importa.
Pois será seu.
O meu corpo e todo o universo que vier com ele.
E juntos, eles vão lutar, te adorar, te desejar e sempre, sempre
Te amar.
Porque é foda amar.

Vick Vital

Postar um comentário

0 Comentários