Uma bruma do sôfrego embaça.
A vista ainda é turva mesmo à luz.
O relógio grita pressa.
A dor é de cabeça e não.
A dor pode vir a ser.
A primeira dor foi de ir ou não.
O barulho foi do escuro pela porta.
E do som da voz do filho.
O silêncio fez-se ao modo avião.
A fresta alerta era de luz.
Depois não. Mas também era uma.
Como óleo, e aí, cola, fez-se o tato.
O deslizar se evita ser deslize.
O piso repercute perigo longe.
O fixo toca. As roupas, recolhe.
Diálogo barítono, traçam rotas.
Ainda, vinte minutos.
Sempre há tempo.
Agora corra!
Continuam no serviço.
Sim, e depois, no serviço
Na viagem. Na cabana. Futebol.
Tv ligada.
Casa arrumada.
Até demais. Olá.
A fumaça do jantar vira cortina.
Parabéns. Bodas de algo.
Ainda não celebrei.
Não isso. Não com ela.
Amizades são eternas.
Casamentos, já nem tanto.
Como diria Wilde,
O importante é ser Prudente.
Prazer. Prudente.
Giballin Gilberto

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