Louca paixão


Por muito tempo, Darsha ficou encapsulada. Trancou seus desejos, sua natureza nômade, por um destino certo e promissor, mas que nem mesmo ela acreditaria.

Entre seguir sua natureza e seguir a civilização, optou em ser civilizada. 

Havia se passado vários ciclos de repetições de paixões em sua vida, amores não correspondidos, intrigas e traições.

Seu jeito envolvente, puro êxtase, entorpecia a cada homem que dela se aproximava.

Mulher envolvente, sedutora, detentora de um magia e mistérios, como numa teia enrredava suas presas. Não as matava, todavia, deixava marcas indeléveis.

Ao encontrar Arthem, sentiu-se atraída. Sabia que poderia esgotar-se e esgotá-lo. Ela não queria repetir, repetir e repetir. Acreditou estar curada de seus instintos atávicos, mas tudo estava ali.

Mais uma vez entregou-se à paixão. Equivocada, acreditou numa mudança que jamais existiu. Ninguém foge de si!

Fazia tempo que não se sentia viva, a pulsar. Havia se acostumado deslocar sua libido aos estudos, trabalhos, escritos.

De fato, nada sabia sobre Arthem. Contudo, ao tocá-lo, sentiu como se o conhecesse de outros tempos. Penetrava-lhe a alma. Sabia de seu magnetismo sexual, clandestinidade e maneira livre de viver o amor.

Reconheceu seu cheiro, seu beijo, seu toque, porém não sabia quem era a família de Arthem, qual ofício se dedicava.

Pouco conversaram e se entregaram à louca paixão. Darsha foi ao encontro de Arthem. 

Ao abrir a porta, o desejo foi mútuo e uma labareda foi acesa. Combustível regado à champanhe, que Darsha levava na bolsa.

Arthem juntou Darsha sobre seu corpo, segurou seus cabelos e a beijou loucamente, beijo que tinha gosto de aventura, segredo e paixão.

Beijou vigorosamente Arthem, como se estivesse a comê-lo. Percorreu com lascívia sua língua em brasa sobre ele e pediu-lhe um beijo grego.

Arthem estava quase no ápice, e Darsha sentia a viscosidade dele, penetrando-a, enquanto era cavalgado em movimentos circulares e selvagens. Ele podia sentir a contração dentro dela, tão forte que parecia expulsá-lo.

Darsha pediu para que Arthem gozasse dentro dela. Sentiu aquele líquido permeando-a, numa explosão de prazer. Ela estava a tremer. Uma sensação incrível. Seios arrepiados, sua respiração acelerada.

Arthem pousou a mão de Darsha em seu peito para que pudesse sentir seu coração galopante.

Não decorreu muito tempo, a mulher insaciável, lambia o suor salgado do corpo de seu homem, desejando-o. Arthem, estocou-a forte, excitado com seus gemidos.

Darsha o retirou de dentro dela, posicionou-se frente à parede, trouxe-o até ela, colocou a mão em sua pelve e pediu para que ele a sodomizasse. Arthem parecia explodir de tesão e gozou! Ele nunca esqueceu aquele dia, nem em corpo, tampouco em mente.

Lembrou-se do abraço a envolvê-lo completamente, do doce perfume dela exalado e do cheiro natural de sua pele.

Seu olhar misterioso, sua maneira de fazer amor, era indescritível.

Quem era aquela mulher? Era muito mais que desejo e tesão! Era carinho, cumplicidade, entrega.

Arthem lembrava-se todos os dias de Darsha e daquele champanhe Rosé que ela trouxe e das duas taças. A serviu com

o espumante, enquanto a tomava; passava em Darsha a taça, massageando-a e excitando-a e, após, lambia da taça o gosto de sua dama. Que mulher!

Darsha derramava o líquido embriagante sobre Arthem e beijava-o docemente e assim tomaram-se!

Ela era como uma chama, que acendia em Arthem e apagava após sentir-se saciada de prazer.

Quanto tempo levou para a encontrar, e como num passe de mágica, desapareceu!

Quando Arthem acordou, levou sua mão ao lado e encontrou apenas a lingerie de Darsha, uma aliança, um bilhete marcado com um beijo de batom, que dizia: - “Você é proibido pra mim!

Levou-a até o sofá, a colocou de costas, percorreu suas mãos sobre o corpo da mulher, quando a sentiu molhada. A tocou com a boca e lhe sorveu até a última gota. Beijo-a novamente para que pudesse sentir o seu gosto próprio.

Ensandecida, seu corpo estava febril. Ajoelhou-se de frente a Arthem e sugou-o suavemente. Era possível sentir a suavidade de sua língua lânguida. Ele a penetrou com os dedos. Ali estava quente e escorria seiva. Pediu para que sugasse seus seios, enquanto sentia seu toque

.Carmen Dell Roza

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