Pregos


Pregos 
Enferrujados
Bonecas
Sem olhos
Não vêem
Brincadeiras
Passadas
Suas donas
Inchadas
Matronas
Crescidas
Ken
Não é príncipe ou sapo
Tapo
Com batom as feridas
Que as palavras rudes
Fizeram na boca
A mão da louca
Segura a do filho
Estaciona em fila dupla
Faz compra com as amigas
Guarda invejas furtivas
Crenças seletivas
Infidelidades cansativas
Salada magra de urtigas
Mais um botão caído
Mais um tesão em segredo
Assalto de dúvida e medo
Roubo de cores e medidas
Mais um amor malogrado
Uma palheta, um sobrado
Mergulha no brejo mofado
No vão das horas esquecidas
Pensamentos positivos
Com tendencias suicidas...


Claudinei Soares

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