Pulsa decrescente

Pulsa decrescente
Escapa de mim
Silenciosamente 
escorre de mim
Coisas amontoadas
Palavras papéis
E agora
Tudo esvoaça
O vento em tropéis
Entrando pela janela...

Sentia que pisava
Em vidro moído
A voz de um amigo 
Há muito esquecido
Murmura
Ininteligíveis
Poemas seus
E o vento assovia
Madredeus
Enquanto me enregela

O que se esvai de mim é vida
Soa alto o coração
Esmurrando seu beco sem saída
Desperdiçando-se na escuridão

Claudinei Soares

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